...A pontuação é a respiração da frase e minha frase respira assim. E se você me achar esquisita, respeite também. Até eu fui obrigada a me respeitar! ...

sábado, 3 de dezembro de 2011


2011 esta indo embora, e todos os anos em dezembro eu costumo avaliar o ano que esta acabando e vejo se houve resultados positivos, onde eu venci, quantos passos eu caminhei e principalmente: Se consegui atingir objetivos e propósitos que fiz no 1º dia do ano.

Não vou revelar aqui todos os meus propósitos que fiz, mas como eu me conheço bem, pode ser que até acabar o nosso papo aqui eu acabe revelando alguns.

Criar propósitos nem sempre é uma tarefa fácil, porque não se refere apenas em escolher o que atingir ou realizar - mas abrir mão de algo para realizar algo.

Quanto maior a dificuldade para escolher, MAIOR é o sacrifício que terei que fazer para conseguir realizar esse propósito num tempo de 12 meses.
No inicio do ano fiz 4 propósitos, e consegui atingir 3.

Um deles, que eu considerei o mais difícil,  eu procurei atingir primeiro: "Se é pra sofrer deixa eu sofrer logo que é pra acabar logo."
Mas o sofrimento que eu tanto temi, nem cheguei a sentir tanto assim, que foi :  PARAR DE FUMAR.
Sempre fui uma fumante fresca, daquelas que só fumava se fosse:
* Filtro branco
* 1mg de nicotina(fraquinho né?)
* Marca Pianissimo de menta

Sem contar que eu sempre detestei cheiro de cigarro em roupa,mão e cabelo.
Fumar dentro de casa e carro também nunca gostei.



foto fonte: google


Acontece que depois do tsunami que teve aqui no Japão, a fábrica de filtros de tabaco foi atingida e o cigarro dessa marca não tinha mais pra comprar em lugar algum.

Passei então a buscar outras marcas que fossem parecidas, mas tragar era difícil, o gosto era diferente.

Tudo caminhava a favor pra que começasse a tentar realizar meu propósito de parar de vez com o cigarro.

Mas parar, significava uma solidão sem fim.
Eu iria deixar de ter o meu companheiro que estava sempre comigo nas horas de fúria,solidão,medo... Que me acompanhava nos intervalos do trabalho,depois do cafezinho,junto com uma cervejinha, vários momentos do meu dia e em algumas madrugadas.

Como eu iria fazer sem ele nos momentos difíceis? Estar sem ele nos momentos alegres também me fazia pensar bastante se eu iria conseguir estar feliz.


Antes de abandoná-lo eu fiz uma avaliação detalhada se valeria a pena eu parar de fumar. Meu receio maior era tentar e não conseguir.
Sempre fui muito persistente em tudo que quero,busco e acredito, porém me frustro se não consigo.


Mas, o propósito no início do ano havia sido feito, e de qualquer modo eu iria me frustrar: Se não conseguisse parar de fumar OU se eu não atingisse o meu objetivo.
Fiquei 3 dias me preparando,pensando muito e buscando uma solução.
A minha decisão de parar de fumar não se resumia a parar por 1 ano, mas pro resto da vida.
Fumar nunca mais.

Então eu teria que parar MESMO. E pra isso resolvi entrar com 1 tratamento que tem em algumas clínicas e hospitais aqui no Japão. A base de remédio e acompanhamento médico.
Encurtando o assunto, eu consegui.



Parei de fumar sem nenhum problema, foi super fácil, estou a quase 8 meses sem fumar e parece que nunca fumei.Não sinto falta alguma.
No início senti um vazio, mas conforme recomendações médica, a 1ª coisa pra fazer quando esta parando de fumar é mudar atitudes antigas,evitar lugares e situações que o fumante tinha quando fumava.

Outro propósito que eu tinha feito era mudar para um apartamento maior, e assim que parei de fumar, mudei de apartamento, tudo novinho e diferente, isso ajudou bastante.



Só ai eu já havia atingido 2 objetivos, e estava feliz da vida.

Qual mulher não gosta de um apartamento novinho, maior, com bastante idéias para decorar o novo lar e dindim $$ sobrando no bolso. Afinal 1 maço de cigarro que eu fumava eu gastava 420 ienes, eu fumava quase 1 maço por dia.
Outro propósito foi fazer MAIS UMA tatuagem, e eu fiz, semana passada.

Restou eu conseguir atingir apenas 1 propósito, que só não realizei porque julguei que seria fácil atingir e nem dei muita importância, fui deixando por último....e até dia 31 de dezembro não conseguirei realizar.

Mas não vou me frustrar por isso. Também não vou deixar de lado esse propósito pro próximo ano.
Vai ser o primeiro propósito pro ano que vem e vou pegar firme para realizar,e me proponho em dezembro do ano que vem eu vir aqui e revelar a minha vitória. EU PROMETO!

Em minhas andanças na net eu encontrei hoje uma publicação no site PAPO DE HOMEM  que me identifiquei bastante e gostaria de compartilhar.

"...Eu já prometi parar de fumar, ingerir menos carboidrato, beber com moderação, trabalhar com parcimônia, meditar meia hora por dia, gastar menos com coisas inúteis, diminuir minhas compras no cartão de crédito, correr pelas manhãs, dormir mais cedo, acordar mais cedo, ser mais paciente.
Nunca levei nenhuma a sério. Não sou confiável. Poucos de nós são.
Fazer resoluções no fim do ano é, em muitos casos, certeza de fracasso. Há quem consiga prometer algo nos últimos dias de dezembro e seguir no ano seguinte com a perseverança de um monge, mas estes são poucos. O guru da auto-ajuda Deepak Chopra explica que o segredo para cumprir resoluções de fim de ano é a inspiração e o silêncio.
“Se as pessoas vão além da motivação e conseguem encontrar inspiração verdadeira, as resoluções se sustentam. Então, para mim, a questão é ir a um nível mais profundo, e é por isso que dou tanta importância à ideia de silêncio. Não digo que todos devem fazer silêncio [todo o tempo], mas mesmo se você permanece cinco, dez minutos do seu tempo em silêncio todos os dias ou a cada dois dias ou uma vez por semana, começa a fazer perguntas simples, como: Quem sou eu? O que eu quero? Qual é o propósito da minha vida? Existe uma contribuição que eu possa dar para minha comunidade ou para a sociedade? Que tipo de relações que eu quero ter? Qual é a minha ideia de bem-estar, e como eu posso conseguir isso?”



De fato, o silêncio tem um papel importante. É por meio da ausência de sons que nos indagamos sobre questões interiores, e este é o começo de um caminho que apontará para uma única resposta: o que é a felicidade para mim?
Tudo o que desejar mudar em si é um obstáculo para a felicidade
A busca do homem no mundo, no fim das contas, é por felicidade. Exemplo bobo e simplista, mas eficaz:

Trabalhamos para ter dinheiro; queremos dinheiro para comprar coisas; queremos coisas porque cremos que isso nos deixará satisfeitos; queremos nos sentir satisfeitos porque acreditamos que a satisfação (neste caso, a satisfação material) é o caminho da felicidade.

Parece que não, mas resoluções de fim de ano – parar de fumar, se exercitar, trabalhar menos etc. – apontam para insatisfações pessoais. No momento em que eu prometo que vou parar de beber, assino um atestado de que aquela condição em que me encontro não mais me satisfaz.

Aqui entra uma obviedade: ninguém quer mudar em si o que julga plenamente satisfatório.

 Prometer coisas para o ano vindouro exterioriza exatamente o que nos consome no âmago. Assim, queremos dar um fim às nossas frustrações pessoais. E fincamos um marco, uma data: o primeiro dia do próximo ano. O simbolismo disso é simples: se o ano é novo, por que não a vida possa se renovar junto a ele? A questão é que o fim do ano é apenas uma convenção. Todos os dias morremos e renascemos. Podemos parar de fumar no 1º de janeiro ou na próxima hora.

Por que esperamos pelo fim do ano para mudar o que nos torna infelizes? Porque talvez sejamos muito ligados às nossas vicissitudes. Gostamos de nos entupir de gordura, de dormir meia hora a mais, de sentir o sangue ferver de ódio. E se prometemos fazer o contrário, algo se perde no nosso interior. E sim, gostamos de nossos vícios, apesar da nossa negação.

Muitos acham engraçadinho dizer que “a única promessa de fim de ano que eu faço é não fazer promessas”. Isso é triste, na verdade. Prometer é um exercício importante, tão relevante quanto o ato de cumprir tais promessas. Prometer é o primeiro passo para a tal busca da felicidade. A questão, assim, não é “fazer promessa”, que é algo saudável; mas sim o tempo, o período que escolhemos para isso.

Meu conselho: faça resoluções. Hoje, amanhã e depois. E cumpra cada uma delas.
E vocês? O que pensam em mudar em si mesmos amanhã ou em 2012?..." (por Rodolfo Viana
em 02/12/2011 às 7:08 Artigos e ensaios, Atitude, Mecenas, Natal de Sabores)