...A pontuação é a respiração da frase e minha frase respira assim. E se você me achar esquisita, respeite também. Até eu fui obrigada a me respeitar! ...

terça-feira, 13 de abril de 2010

UMA CASA NA ÁRVORE

Minha amiga Liz do blog SEBÃO LITERÁRIO, postou uma crônica da Danuza Leão,que me fez recordar minha infância no interior do Mato Grosso do Sul onde morei até os 17 anos.
Tive uma infância maravilhosa com direito a poder brincar na rua de casa até tarde da noite,fazer fogueira nos meses de festa junina,brincar de todas as brincadeiras da época e principalmente e especialmente....Subir em árvores...
Em casa tinha várias árvores mas a mangueira era a minha preferida, porque ela era enorme,seus galhos se sobressaiam para todos os lados,me sentia a Jane do Tarzãn, de todos os galhos eu adorava um que chegava ao telhado de minha casa.
Por ele eu subia no telhado e ficava lá em cima olhando a rua,vendo as pessoas passarem e eu me divertia também deitada no telhado olhando o céu e imaginando imagens com as nuvens.
Para descer era fácil, eu virava o Batman e descia pelo cano que sustentava a antena da tv, fazia igual o Batman quando ele recebia o sinal,descia pelo cano pra ir pra batcaverna,no meu caso eu ia era correndo sintonizar os canais da tv, por que essa minha aventura imaginária deixava meu pai furioso se ele ligasse a tv a noite e a antena estivesse mal sintonizada.
Difícil relembrar de minha infância sem aquela mangueira, nos dias de prova na escola, eu subia na mangueira para decorar a matéria, lembro de ter decorado todas as capitais,tabuada e a tabela periódica dos elementos, ficava balançando nos galhos da mangueira,com caderno na mão, parecia que assim as idéias balançavam e davam espaços para outros aprendizados.
Eu tinha um sonho...
Um dia morar lá em cima, construir uma casa naquela mangueira,e, até tentei. Mas o máximo que consegui construir naquela mangueira foi um balanço.
Com 15 anos esqueci a mangueira, já não podia mais subir lá porque já não era tão mágico o fato de subir em uma árvore,outras coisas tomaram o lugar,comecei a trabalhar em 1 despachante,estudava a noite e não sobrava mais tempo pra ser Jane e nem Batman descendo pela antena de tv.
Depois de uns anos fui morar no exterior e quando retornei fiquei triste ao ver que meu pai tinha cortado a MINHA mangueira, e no local ele cimentou e fez garagem.
Da mangueira só restou a minha doce lembrança de infância e na boca o gosto de manga verde com sal.
Mas ainda tenho o sonho de ter uma casa na árvore...

4 comentários:

  1. Que coisa linda amiga,tive a felicidade também de viver uma infância semelhante a sua,além de tudo isto,na minha cidadezinha,tão pequenina"Rio de Contas,que fica no coração da Chapada Diamantina Ba)lá também,se colocava cadeira na porta da rua e cantavamos roda em noite enluarada
    Beijos

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  2. LIZ, na minha cidade natal também era costume ficar na frente de casa a noite conversando,e até hoje o pessoal fica na frente de suas casas conversando,tomando tereré(mate gelado) enquanto as crianças brincam na rua! Naviraí-MS é uma delícia de cidade...

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  3. ALÊ...Somos privilegiados de ter tido a felicidade de poder curtir nossa infância assim em liberdade né...
    Naquele tempo nada era perigoso como é hoje.
    Meu pai já faleceu,mas ele esta plantando minha árvore pra quando eu chegar lá...Mas por enquanto sempre peço em minhas orações que ele ajude também a cuidar daquelas aqui da terra...

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  4. Felipe, eu quem agradeço por vc estar sempre visitando meu blog.

    Poá...conheço pessoas que moram lá e dizem que lá é 1 lugar bem calmo para morar(depende o bairro),mas o importante é a gente ter tido a chance de curtir uma infância feliz...

    Força ai, melhore o astral e se prepare para o melhor...A vida é assim cheia de surpresas!

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