...A pontuação é a respiração da frase e minha frase respira assim. E se você me achar esquisita, respeite também. Até eu fui obrigada a me respeitar! ...

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Esse fim de semana, eu assisti esse filme LINDO!
Confesso que foi uma choradeira aqui em casa,o filme é muito comentado aqui no Japão,pois trata-se de uma estória verídica , além de ter uma paisagem linda nas cenas, a estória emociona por que mostra a fidelidade e o sofrimento dos personagens ao mostrar uma estória de amor,determinação e como é um terremoto.
Na pequena aldeia de Yamakoshi, onde vive uma família(avô,pai,2 filhos orfãos de mãe) aparece uma cadela chamada Mari,que é adotada pela família,depois de alguns meses ela dá à luz a três filhotes, para a alegria das crianças Ryota e Aya .
Pouco depois, em 23 de outubro de 2004, um grande terremoto atinge a região, e toda a aldeia de Yamakoshi é reduzida a escombros.
Fora de casa, o pai e o filho
consegue escapar do pior, mas Aya e o Avô Yuzo ficam soterrados nos escombros da casa e depois de algum tempo são resgatados por 2 soldados do exército(graças a Mari) que consegue atrair a atenção dos soldados e eles encontram a menina e o avô.
Uma equipe de salvamento chega a tempo de salvá-los, mas não há espaço para Mari e os filhotes recém-nascidos no helicóptero.
A aldeia é evacuada , Mari e seus filhotes são deixados.
A heroína Mari mais tarde foi transformado em um best- em venda do livro ilustrado e a partir da qual o filme é adaptado.
O filme é realmente emocionante.
Me fez recordar a tragédia de Santa Catarina,onde assisti no Globo Repórter a luta de 1 homem para salvar seus animais de estimação da chuva e da enchente que já alagava toda a propriedade!
Florestas foram derrubadas pela força das águas, levando consigo animais silvestres que não tiveram como escapar ou sobreviver. Tanto nossa fauna como nossa flora, sofreram mais um terrível golpe. O que dizer também dos animais domésticos? Cães foram encontrados mortos ainda atados em suas coleiras, gatos esquecidos, além de todos os animais rurais: galinhas, gado, cabras, morreram afogados sem que seus donos nada pudessem fazer a não ser salvar a si próprios. Muitos animais ainda vagam pelas ruas à procura de suas famílias, sem comida, além dos que continuam ilhados, com medo, frio, à espera do dono. Ração, nem pensar. São necessárias doações de outras cidades. E para quem leu até aqui e se perguntou como se preocupar com os animais se gente é mais importante, agradeço a atenção e digo: que bom que nosso mundo é repleto de pessoas diferentes! Uns cuidam de gente, outros de animais, que bom!
No Blog da CARLA tem informações de telefones,sites e ONG que estão necessitando de ajuda para SALVAR os animais da enchente de SC.
E para refletir eu deixo aqui esse Texto.
Há alguns anos, numa grande enchente na Argentina um anônimo escreveu isto:
*
COMEÇAR DE NOVO
*
Eu tinha medo da escuridão
Até que as noites se fizeram longas e sem luz
Eu não resistia ao frio facilmente
Até passar a noite molhado numa laje
Eu tinha medo dos mortos
Até ter que dormir num cemitério
Eu tinha rejeição por quem era de Buenos Aires
Até que me deram abrigo e alimento
Eu tinha aversão a Judeus
Até darem remédios aos meus filhos
Eu adorava exibir a minha nova jaqueta
Até dar ela a um garoto com hipotermia
Eu escolhia cuidadosamente a minha comida
Até que tive fome
Eu desconfiava da pele escura
Até que um braço forte me tirou da água
Eu achava que tinha visto muita coisa
Até ver meu povo perambulando sem rumo pelas ruas
Eu não gostava do cachorro do meu vizinho
Até naquela noite eu o ouvir ganir até se afogar
Eu não lembrava os idosos
Até participar dos resgates
Eu não sabia cozinhar
Até ter na minha frente uma panela com arroz e crianças com fome
Eu achava que a minha casa era mais importante que as outras
Até ver todas cobertas pelas águas
Eu tinha orgulho do meu nome e sobrenome
Até a gente se tornar todos seres anônimos
Eu não ouvia rádio
Até ser ela que manteve a minha energia
Eu criticava a bagunça dos estudantes
Até que eles, às centenas, me estenderam suas mãos solidárias
Eu tinha segurança absoluta de como seriam meus próximos anos
Agora nem tanto
Eu vivia numa comunidade com uma classe política
Mas agora espero que a correnteza tenha levado embora
Eu não lembrava o nome de todos os estados
Agora guardo cada um no coração
Eu não tinha boa memória
Talvez por isso eu não lembre de todo mundo
Mas terei mesmo assim o que me resta de vida para agradecer a todos
Eu não te conhecia
Agora você é meu irmão
Tínhamos um rio
Agora somos parte dele
É de manhã, já saiu o sol e não faz tanto frio
Graças a Deus
Vamos começar de novo.
Anônimo
*
É hora de recomeçar, e talvez seja hora de recomeçar não só materialmente. Talvez seja uma boa oportunidade de renascer, de se reinventar e de crescer como ser humano.Pelo menos é a minha hora, acredito.Que Deus abençoe a todos.

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